Quando pensamos em exploração animal, podemos pensar em animais felizes, mesmo que remotamente?

Se não tivermos conhecimento da forma como a exploração animal acontece, podemos pensar só naquela imagem das vaquinhas pastando na beira da estrada. Ou então em uma vaca que dê leite para o bezerro e alguém venda o leite que sobra, ou ovos que também sobrem das galinhas. Mas essa imagem é bem diferente da realidade da exploração animal em larga escala.

Veja então o que realmente acontece em imensa quantidade na indústria de exploração animal, e decida por você mesmo se você compactua com isso, se quer que continue acontecendo ou não. O vídeo a seguir mostra a realidade mas sem imagens reais de sofrimento animal, apenas ilustrações. Mas é a mais simples verdade, e é importante que todos saibam:

Texto do vídeo:

“Você já reparou que o assunto mais falado hoje é o meio ambiente? Todo mundo quer salvar o planeta, mas será que a gente vai conseguir salvar o planeta só separando lixo para reciclagem e deixando de usar sacolas de plástico?

Consumo consciente

Por que é que ninguém fala pra gente consumir menos? Ou pra gente escolher melhor o que consome? Porque tudo que a gente consome tem algum tipo de impacto no meio ambiente. Os produtos não surgem do nada. Eles precisam de toda uma cadeia de produção e distribuição pra chegar até a prateleira do mercado. E essa cadeira gera poluição.

Impactos da exploração animal no meio ambiente

Olhe para o seu carrinho. veja se você comprou queijo, ovos, salsicha, frango. Todos esses produtos pertencem à cadeia de produtos de origem animal. Você sabia que essa cadeia é responsável por 18% – quase um quinto – dos gases do efeito estufa? Isso é mais do que todos os veículos do planeta juntos.

Porque quando você come um pedaço de frango, um hambúrguer, você está consumindo também toda a água, a área de floresta, a energia, os grãos usados para a alimentação desse animal até ele ser abatido e parar no seu prato.

O custo ambiental é imenso, e se fosse contabilizado nesses produtos, seu preço seria inviável. Isso sem falar do sofrimento imposto aos animais e dos prejuízos à nossa saúde.

Uma engrenagem de destruição

Sabe uma imagem que representa bem a indústria de produtos animais? Uma grande engrenagem, uma máquina movida a degradação ambiental, doenças, exploração animal, dor e muita, mas muita ganância.

Todos os anos, no mundo, são mortos cerca de 70 bilhões de animais para consumo humano. No Brasil, há mais bois do que pessoas. 205 milhões. Frangos? São abatidos uns…4 bilhões por ano. Porcos, 40 milhões.

Você pode imaginar quanta comida, quanta água e quanto espaço esses animais necessitam? E poluição que eles produzem? Imagine uma área equivalente à Alemanha, Áustria e Itália juntas. Essa é a área já desmatada da Amazônia. E sabe quem é o grande responsável por esse desmatamento? A pecuária. 91% dessas áreas desmatadas são formadas por pasto ou plantações de grãos que vão servir de ração animal. São mais de 70 milhões de hectares. É muita terra.

Essa devastação tem um impacto imenso sobre a biodiversidade. Ela destrói o solo, polui os rios. É que aqui no Brasil, um boi ocupa, em média, um hectare. E demora dois, três anos ou mais para crescer e gerar cerca de 210 quilos de carne. Se essa área fosse destinada à agricultura, olhem o que seria possível produzir de vegetais no mesmo período de tempo. (Nessa parte aparecem então algumas quantidades de vegetais, em toneladas).

Consumo de água dos produtos animais

Uma coisa que todo mundo precisa fazer é economizar água. Porque ela é um recurso natural precioso e cada vez mais escasso. De acordo com a OMS, mais de 1 bilhão de pessoas já não têm acesso à água potável. E a cadeira de produtos animais utiliza muita água. Para produzir um ovo de granja, são necessários 200 litros de água. Um quilo de carne bovina, mais de 15 mil. Olhe só.

Ou seja, esse bifinho aí de 200 gramas precisou de mais ou menos 3 mil litros de água para chegar ao seu prato.

Exploração animal e a fome no planeta

É um mito dizer que esses animais são criados para alimentar a população do planeta. Existe um bilhão de pessoas passando fome no mundo, mas não porque não exista alimento.

Mais da metade da produção mundial de grãos é consumida pelos animais, em forma de ração. Em vez de plantar grãos para alimentar animais que vão virar comida para os poucos que podem pagar por ela, por que não alimentar diretamente as pessoas?

Metade dos grãos e hortaliças que os animais consomem seriam o suficiente para acabar com a fome no mundo. Pode parecer uma conta simplista e ingênua, mas ela é real. Para você ter uma ideia, com os cereais necessários para gerar 225g de carne bovina, dá pra alimentar 40 pessoas.

Então, na verdade, essa engrenagem não deixa acabar com a fome.

(…)

O que podemos fazer

No Brasil, a fiscalização é precária e o poder da indústria agropecuária é imenso. Mas a gente tem que fazer a nossa parte. Divulgando essas informações, deixando de consumir esses produtos.

Fonte das informações

Tudo que a gente afirmou até agora não é invenção de ecologistas fanáticos pregando o fim do mundo. Essas informações são baseadas em dados científicos e estatísticas oficiais. A própria ONU em um relatório de 2010 afirma que nós precisamos reduzir o consumo de produtos animais para assim reduzir os impactos no meio ambiente.

Produtos animais e nossa saúde

Todos os dias, nós somos bombardeados por comerciais que não se cansam de vender a ideia de que só comendo produtos animais em todas as refeições é que a gente pode ter as proteínas, as vitaminas, o cálcio e o ferro necessários para sermos sadios e felizes. Mentira. Eles só querem vender.

Eles “esquecem” de mencionar que as pessoas também vão engordar, vão ficar mais sujeitas a doenças cardiovasculares, a vários tipos de câncer, diabetes, alergias e muitos outros problemas de saúde.

(…)

Uma alimentação balanceada sem carne tem efeitos protetores sobre o nosso organismo. Porque tem mais fibras, mais gordura de boa qualidade, mais antioxidantes. Veja o que diz a maior associação de nutricionistas do mundo:

‘Dietas vegetarianas ou veganas corretamente planejadas são saudáveis, adequadas em termos nutricionais e trazem benefícios para a saúde na prevenção e no tratamento de determinadas doenças.’ (Associação Dietética Americana e Nutricionistas do Canadá)

Esses benefícios já foram reconhecidos por várias instituições conceituadas em todo o mundo.

Exploração animal e o sofrimento dos animais

Você sabia que o homem é o único animal que continua se alimentando de leite mesmo depois de adulto? Quando a nossa mãe não produz mais leite, a gente rouba dos filhotinhos.

As vacas, como todas as fêmeas, inclusive as mulheres, só produzem leite quando precisam alimentar seus filhotes. Então elas são inseminadas contra a sua vontade, para ficarem sempre grávidas. E assim que bezerrinho nasce, ele é separado da mãe, porque nós é que vamos tomar o leite que foi feito pra ele.

Os bezerros machos de raças leiteiras não têm valor comercial, porque nunca vão dar leite. Então a maioria é vendida ao “salsicheiro” ou criada para a produção de vitela. Nessa engrenagem, o lucro está acima de qualquer compaixão.

As vacas recebem hormônios de crescimento, hormônios para sincronizar o cio, para produzir muito mais leite do que o normal. Suas tetas ficam enormes e inflamadas. Aí, precisam tomar antibióticos. E todas essas substâncias podem passar para nós através do leite e também dos seus derivados.

Você fazia ideia de que tomar um simples copo de leite provocava tudo isso?

Realidade disfarçada

Para não chocar os consumidores dentro de um frigorífico ou de um matadouro é trancado a sete chaves. Quer dizer: Você pode consumir, mas não pode ver como foi feito. É claro que não, porque se você visse, dificilmente comeria.

A imagem do produto vem disfarçada. Assim, quando você como um hambúrguer ou um cachorro quente, nem se lembra mais que aquela é a carne de um animal igual aos cães e gatos que você tem aí na sua casa. E isso é muito interessante para a indústria. Quanto menos você percebe, mais você consome. Você comeria seu cachorro?

Outra estratégia para consumirmos mais carne é fingir que os animais vivem bem. Nos comerciais e nas embalagens os animais são bem cuidados, vivem alegres. Mas a verdade é tão diferente…

A tortura da indústria animal

Para você comer esse ovo aqui, as galinhas poedeiras passam a vida inteira em um espaço como esse aqui (ao mostrar uma pequena folha de papel). Elas vivem em gaiolas abarrotadas, só comendo e botando ovos. E elas só saem dali para o abatedouro, quando não conseguem mais botar no ritmo desejado.

É uma verdadeira linha de produção.

Os frangos ficam amontoados em galpões enormes. As novas tecnologias podem acomodar até 22 aves num espaço de um metro quadrado. Você acha isso natural? Na natureza, eles nunca cresceriam tão rápido e nem teriam esse peito enorme, como os frangos criados nesse sistema intensivo. Eles mal podem andar. Mas o peito é a parte mais cara, entendeu?

A vida de perus, codornas, patos e outras aves criadas para nosso consumo não é diferente. E os peixes, que morrem de um modo horrível – asfixiados, lentamente…

Na criação intensiva, os porcos são obrigados a viver na sujeira, amontoados. As porcas exploradas para reprodução passam longos períodos em baias tão pequenas que não conseguem nem virar o corpo.

Esses animais vão passar a vida inteira presos nesses lugares. Eles nunca vão sentir o calor do sol. Nunca vão pisar na terra. Não pode haver tortura maior.

O problema da linha de produção

Maltratar animais é crime previsto por lei. Então por que essas leis não são aplicadas a esses animais? Talvez porque há uma indústria muito lucrativa por trás?

A gente está falando de uma linha de produção. Os animais, sozinhos, nunca se reproduziriam nessa escala. Esses modelos de produção intensiva foram baseados nos modelos das fábricas mesmo, e só se tornaram viáveis depois que surgiram as vitaminas, os antibióticos e as vacinas, para reduzir as doenças provocadas por essas condições de vida.

(…)

Pelo fim da exploração animal

O fato é que essa indústria cruel existe porque existe demanda. Então são os consumidores que têm o poder de fazer essa engrenagem parar.

Hoje, temos alternativas para mudar o padrão de alimentação imposto por essa engrenagem. E temos informação suficiente para elevar nossa consciência e assumir a responsabilidade que temos como seres humanos.

Seja pelo respeito aos animais, seja pela sua saúde, seja pela Terra, que é a nossa casa.”

Veja então várias dicas para viver sem explorar animais.