ALIMENTOS E PRODUTOS VEGANOS SÃO PARA TODOS

Um dos inúmeros mal entendidos sobre veganismo é pensar que comidas e produtos veganos são para veganos. Que algo com o “V” de vegano no cardápio é para atender só o público vegano, e não qualquer pessoa.

É claro, quem quer a exploração animal sempre, ao máximo, sempre vai consumir produtos e alimentos veganos. Mas isso não significa que só essas pessoas possam consumi-los. Isso seria como dizer que só veganos podem comer arroz e feijão, por exemplo, ou que batatas e bananas são alimentos “para veganos”. Quando obviamente tudo isso e todos os outros inúmeros alimentos vegetais, ou seja, veganos, são para qualquer pessoa. Assim como os produtos que não fazem testes em animais, nem usam pele animal, por exemplo. Que são inclusive a maioria, e já são usados normalmente por qualquer pessoa. (Ver também: “Todo Mundo Come ‘Comida Vegana’ Sem Perceber“).

Dois grandes equívocos sobre veganismo

Essa ideia equivocada vem de duas confusões, na verdade. Uma é a de achar que pra algo ser “vegano” precisa ser algo muito diferente e especial. Necessariamente natural, orgânico, totalmente sustentável, e também que não seja fruto de exploração animal. Se for tudo isso, legal. Mas pra ser vegano, especificamente, é só sobre os animais. Então o leque é bem amplo, e abrange uma enorme parte de tudo aquilo que todo mundo já come ou produtos que consome. Uma pipoca de microondas, uma blusa de algodão, um casaco de poliéster, uma bolsa ou sapato de tecido sintético que parece couro. Não é nada de outro mundo nem super mega diferente. Não é (necessariamente) uma roupa feita de repolho, ou uma comida verde extraída dos solos do Planeta Vegan.

O outro mal entendido que faz as pessoas acharem que comida vegana é “para veganos” é a ilusão de que veganismo é alguma espécie de seita, de religião, um clube de algum tipo. Um grupo em que você entra, recebe uma carteirinha, e a partir de então só pode consumir o que tenha a patente desse grupo exclusivo. E quem for de fora não. Esse é um dos problemas que surge com o termo “vegano” para designar pessoas – a ideia de que é algo segregado, separado, com costumes e hábitos que valem, então, só para esse grupo. Mas esse nome podia ser substituído simplesmente por “pessoas que não querem que os animais sofram“. Só isso. Nem precisava de nome nenhum, aliás. Porque não é um grupo com regras, é só um sentimento e uma vontade de agir de acordo com esse sentimento.

Veganismo é sobre os animais

Então qualquer pessoa pode sempre consumir cada vez mais alimentos e produtos que venham apenas de vegetais. Se quiser, quando quiser. Quanto mais, melhor. É só essa a questão. Quanto menos estimularmos a produção de alimentos e produtos que causa sofrimento aos animais, melhor para eles. Cada compra ou escolha de comida é um momento de fazer essa opção, para qualquer pessoa. Veganismo é simplesmente isso. Não tem a ver com o que a gente é ou deixa de ser. Tem a ver com poupar os animais, sempre que pudermos.

E pra isso serve tudo o que for vegano, desde o que já consumimos normalmente sem nos darmos conta que aquilo é vegano (e são muitos que são assim, sério mesmo), até os novos produtos que imitam o sabor e a textura dos derivados animais porém com ingredientes vegetais. Todos eles são para todos, independente de rótulos. (Ver também: “Veganismo É Sobre os Animais, Não Sobre Nós“).

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